terça-feira, 29 de janeiro de 2013

As prioridades das políticas educativas e algumas reformas


Uma das prioridades das políticas educativas, e que não deixam de ser um desafio, consiste na melhoria da qualificação das competências da população Portuguesa. Estas prioridades foram apresentadas no referencial definido pela Estratégia de Lisboa.
Foram tomadas medidas nos vários níveis de ensino que passam, em alguns pela requalificação dos espaços (novos centros escolares) e pela proposta de actividades extracurriculares aos alunos, isto, no 1º Ciclo. Nos 2º e 3º Ciclos, as escolas apresentam planos de recuperação para os alunos, planos de leitura, percursos alternativos e aulas de substituição para os professores que faltam. Ao nível do Ensino Secundário pretende-se que os cursos sejam cada vez mais profissionalizantes, para que os alunos atinjam, mais facilmente, a meta dos 12 anos de escolaridade.
Outro elemento de mudança consiste na revisão dos mecanismos de gestão escolar e na forma como os professores exercem as suas actividades, contribuindo para isso, a avaliação de desempenho dos professores.

Referência:
Fichas síntese nacionais sobre os sistemas educativos na europa e
Reformas em curso – Eurydice. Junho 2009

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Avaliação - Para refletir...



Durante dois anos, os professores dos Estados Unidos tiveram de confrontar-se com a
mudança imposta pela alteração de um sistema de avaliação, baseado no controlo dos
resultados dos alunos e dos normativos profissionais e substituí-lo por um sistema de
prestação de contas orientado para objectivos e resultados.

Os estudos internacionais e os relatórios efectuados sobre “aquilo que os alunos sabem e aquilo que ele sabem fazer” mostram que é importante reverter a situação dos maus resultados dos alunos, principalmente dos alunos Portugueses. Uma das soluções encontradas foi a de uma avaliação do desempenho dos professores, através de um “perfil de desempenho docente”. Perfil este que assenta em vários referentes: profissionais, éticos, pessoais e sociais.

No entanto, entretanto questionei-me:

Haverá uma relação directa em entre a eficiência/eficácia ou desempenho de um professor e o sucesso dos seus alunos?
Por outras palavras, o sucesso dos alunos só acontece se os professores tiverem um bom desempenho?
 Haverá casos em que os professores têm um mau desempenho mas os alunos têm sucesso escolar?
Quantos de nós tivemos maus professores, mas tirávamos boas notas? 

Ana Raquel Sousa

domingo, 13 de janeiro de 2013

As políticas educativas: do Estado de Providência à Nova Direita


O Estado de Providência baseado no modelo Keysiano entro numa crise profunda. Esta crise foi marcada por diversos fatores: a economia, a crise económica que surgiu devido a um sistema capitalista; a crise de racionalidade com origem no sistema político vigente devido à incapacidade de resposta à necessidades verificadas pela crise económica; crise de legitimação expressada pela entrada em descrédito do sistema político devido “à falta de apoio do povo” Almeida (2005); a crise de motivação que tem como ponto de partida o sistema Sócio-cultural.
É neste cenário de crise generalizada que surge a necessidade de se realizarem várias reformas educativas havendo, como não podia deixar de ser, influências políticas decorrentes dos movimentos de “Nova Direita”, surgindo as políticas Neo-liberais, onde assentam os “princípios de de privatização, globalização, livre escolha” que servem de argumento “para a eficiência, a qualidade e a equidade”. Estas políticas procuram encorajar as empresas privadas, a opção de escolha,” recompensando a responsabilidade individual e a e a iniciativa individual procurando destruir a mão morta do governo incompetente, burocrático e parasitório”, como cit. Almeida (2005), segundo Mechesney, cit. Apple (2003). 
A “Nova Direita anuncia então os três elementos principais das suas políticas educativas: Escolha, Diversidade e Excelência, apoiados por uma política de descentralização do estado, maior autonomia das escola e”liberdade de educação”, defendida por Fonseca (2003) cit. Almeida (2005).
Embora a descentralização seja um princípio em que assentam as políticas da atualidade, verifica-se de facto uma verdadeira autonomia das escolas? 
Não posso deixar de concordar com Fonseca (2003), cit. por Almeida (2005) quando refere que “a principal causa do relativo atraso cultural, social e económico de Portugal é a ausência de uma efetiva liberdade de educação”, havendo uma necessidade de “ desintoxicar os quadros mentais que, durante anos e anos...foram amordaçando o pensamento e o coração dos portugueses.

Referência Bibliográfica:
ALMEIDA, Ana Patrícia (2005); Os fluxos escolares como analisador de regulação do local do Sistema Educativo; Lisboa (Dissertação de mestrado).

A construção de um Espaço Europeu de Educação


A construção de um Espaço Europeu de Educação constituiu, como refere Dales (2008) uma grande desafio para os sistemas educativos. Ao longo dos últimos tempos constataram-se algumas transformações: a um nível político-económico e ao nível da organização, da implicação, da capacidade de resposta e do valor atribuído aos sistemas educativos.
É através da educação que se tenta responder a um conjunto de problemáticas apresentadas quer pela sociedade quer pelo estado. Os sistemas educativos devem funcionar como “garantia de uma infra-estrutura para a contínua acumulação e desenvolvimento económico, como a oferta de uma força de trabalho de competências diversificadas; à manutenção de um determinado nível de ordem de coesão social; e a legitimação das desigualdades inerentes ao sistema”.
Os fins da educação estão inscritos num “conjunto de categorias curriculares comuns”, no entanto, não existe uniformidade quanto ao significado dessas categorias curriculares e à forma como devem ser colocadas em prática. Ora, daqui podemos projetar uma “ arquitetura de mudança dos sistemas educativos” tendo em consideração as mudanças e as exigências necessárias para a eficácia da educação.

A escola não consegue fazer aprender aos públicos atuais, sobretudo porque persiste em aplicar um modelo de funcionamento arcaico. (Gaspar e Roldão, 2007:139)

. Segundo Perrenoud,”...apesar das novas tecnologias, da modernização dos currículos, da renovação das ideias pedagógicas, o trabalho dos professores evolui lentamente, pois depende muito do progresso técnico; a relação educativa obedece a uma trama bastante estável, e suas condições de trabalho e sua cultura profissional estabelecem rotinas entre professores. Por isso, a evolução dos problemas e dos contextos sociais não se traduz, ipso facto, em uma evolução das práticas pedagógicas.”




Referências bibliográficas
- DALE, Roger (2008); “Construir a Europa através de um Espaço Europeu de Educação” Revista Lusófona de Educação; 2008, 11, 13-30. 
GASPAR, Maria Ivone; ROLDÃO, Maria do Céu; (2007); Elementos do Desenvolvimento Curricular; Universidade Aberta.
PERRENOUD, Philippe (2002); A Prática Reflexiva no Ofício de Professor: Profissionalização e Razão Pedagógica; Artmed Editora.


http://www.google.pt/imgres?start=113&hl=en&tbo=d&biw=1192&bih=715&tbm=isch&tbnid=M-ijV8spGIhCHM:&imgrefurl=http://registrarism.wordpress.com/2011/11/16/europe-as-one-higher-education-space/&docid=l_BFRzG91fQ3_M&imgurl=http://registrarism.files.wordpress.com

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012


Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida 2007-2013


O sítio na internet abaixo apresentado diz respeito ao Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida Europeu onde podemos encontrar os vários programas existentes na Europa que têm como base aqueles que foram os objetivos principais do Conselho e da Comissão Europeia. Os mais conhecidos: Programa Comenius e o Programa Erasmus.

http://europa.eu/legislation_summaries/education_training_youth/general_framework/c11082_pt.htm