O
Estado de Providência baseado no modelo Keysiano entro numa crise profunda.
Esta crise foi marcada por diversos fatores: a economia, a crise económica que
surgiu devido a um sistema capitalista; a crise de racionalidade com origem no
sistema político vigente devido à incapacidade de resposta à necessidades
verificadas pela crise económica; crise de legitimação expressada pela entrada
em descrédito do sistema político devido “à falta de apoio do povo” Almeida
(2005); a crise de motivação que tem como ponto de partida o sistema
Sócio-cultural.
É neste cenário de
crise generalizada que surge a necessidade de se realizarem várias reformas
educativas havendo, como não podia deixar de ser, influências políticas
decorrentes dos movimentos de “Nova Direita”, surgindo as políticas
Neo-liberais, onde assentam os “princípios de de privatização, globalização,
livre escolha” que servem de argumento “para a eficiência, a qualidade e a
equidade”. Estas políticas procuram encorajar as empresas privadas, a opção de
escolha,” recompensando a responsabilidade individual e a e a iniciativa
individual procurando destruir a mão morta do governo incompetente, burocrático
e parasitório”, como cit. Almeida (2005), segundo Mechesney, cit. Apple (2003).
A “Nova Direita
anuncia então os três elementos principais das suas políticas educativas:
Escolha, Diversidade e Excelência, apoiados por uma política de
descentralização do estado, maior autonomia das escola e”liberdade de
educação”, defendida por Fonseca (2003) cit. Almeida (2005).
Embora a
descentralização seja um princípio em que assentam as políticas da atualidade,
verifica-se de facto uma verdadeira autonomia das escolas?
Não posso deixar de
concordar com Fonseca (2003), cit. por Almeida (2005) quando refere que “a
principal causa do relativo atraso cultural, social e económico de Portugal é a
ausência de uma efetiva liberdade de educação”, havendo uma necessidade de “
desintoxicar os quadros mentais que, durante anos e anos...foram amordaçando o
pensamento e o coração dos portugueses.”
Referência Bibliográfica:
ALMEIDA, Ana Patrícia (2005); Os fluxos escolares como analisador de regulação do local do Sistema Educativo; Lisboa (Dissertação de mestrado).
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