domingo, 13 de janeiro de 2013

As políticas educativas: do Estado de Providência à Nova Direita


O Estado de Providência baseado no modelo Keysiano entro numa crise profunda. Esta crise foi marcada por diversos fatores: a economia, a crise económica que surgiu devido a um sistema capitalista; a crise de racionalidade com origem no sistema político vigente devido à incapacidade de resposta à necessidades verificadas pela crise económica; crise de legitimação expressada pela entrada em descrédito do sistema político devido “à falta de apoio do povo” Almeida (2005); a crise de motivação que tem como ponto de partida o sistema Sócio-cultural.
É neste cenário de crise generalizada que surge a necessidade de se realizarem várias reformas educativas havendo, como não podia deixar de ser, influências políticas decorrentes dos movimentos de “Nova Direita”, surgindo as políticas Neo-liberais, onde assentam os “princípios de de privatização, globalização, livre escolha” que servem de argumento “para a eficiência, a qualidade e a equidade”. Estas políticas procuram encorajar as empresas privadas, a opção de escolha,” recompensando a responsabilidade individual e a e a iniciativa individual procurando destruir a mão morta do governo incompetente, burocrático e parasitório”, como cit. Almeida (2005), segundo Mechesney, cit. Apple (2003). 
A “Nova Direita anuncia então os três elementos principais das suas políticas educativas: Escolha, Diversidade e Excelência, apoiados por uma política de descentralização do estado, maior autonomia das escola e”liberdade de educação”, defendida por Fonseca (2003) cit. Almeida (2005).
Embora a descentralização seja um princípio em que assentam as políticas da atualidade, verifica-se de facto uma verdadeira autonomia das escolas? 
Não posso deixar de concordar com Fonseca (2003), cit. por Almeida (2005) quando refere que “a principal causa do relativo atraso cultural, social e económico de Portugal é a ausência de uma efetiva liberdade de educação”, havendo uma necessidade de “ desintoxicar os quadros mentais que, durante anos e anos...foram amordaçando o pensamento e o coração dos portugueses.

Referência Bibliográfica:
ALMEIDA, Ana Patrícia (2005); Os fluxos escolares como analisador de regulação do local do Sistema Educativo; Lisboa (Dissertação de mestrado).

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